domingo, 28 de novembro de 2010

Dor de Cotovelo Virtual

Uma pesquisadora americana diz que as redes sociais tornaram os términos de relacionamentos ainda mais difíceis. Os brasileiros concordam.


DETETIVE
A enfermeira Paula Bortolotti, em sua casa, em Santo André. Bisbilhotar o Orkut do ex prolongou namoro em crise.

A enfermeira paulista Paula Bortolotti, de 28 anos, diz que demorou quatro anos para terminar definitivamente um namoro em crise. As diversas idas e vindas aconteciam porque ela não conseguia se desconectar do ex na internet. Como os dois haviam apagado seus perfis no Orkut durante o relacionamento para evitar brigas, a maneira que Paula encontrou de bisbilhotar a vida do rapaz foi usar o perfil de uma amiga dela para fuçar a página dos amigos dele. “Eu olhava o perfil dos amigos mais próximos dele para procurar alguma coisa sobre ele”, diz. E encontrava. Todos os indícios de paqueras e flertes eram devidamente checados. A enfermeira ia tirar satisfações com o ex, os dois discutiam e acabavam voltando. E ela continuava monitorando os passos do moço na rede. O que reiniciava o ciclo. Ao contrário de Paula, o arquiteto mineiro Bruno Ferreira, de 30 anos, apagou a ex-namorada de seus contatos no Facebook assim que o namoro de dois anos terminou. “Eu não queria saber nada sobre a vida dela para poder esquecê-la mais rápido”, diz. Mas, como os dois tinham muitos amigos em comum na rede social, isso não foi possível. “Eu sempre via um comentário ou uma foto dela nas atualizações de algum amigo em comum.” Para evitar a tortura, Bruno decidiu sair do Facebook.

Paula e Bruno são dois exemplos de uma praga que acomete os términos de relacionamentos no século XXI: a dor de cotovelo virtual. Com mais de 900 milhões de usuários em todo o mundo – 35 milhões no Brasil –, todos ávidos por falar sobre sua intimidade e vasculhar a dos outros, as redes sociais tornaram-se o ambiente perfeito para a propagação dessa nova modalidade de fossa. Além de manter os ex-pombinhos conectados virtualmente (por vontade própria ou não), as redes sociais também se tornaram uma das principais maneiras de comunicar ao mundo (em alguns casos, até ao parceiro) o fim de um relacionamento. É o que mostra o recém-lançado livro Breakup 2.0 – Disconnecting over new media (Rompimento 2.0 – Desconectando-se através das novas mídias, ainda sem tradução no Brasil), da antropóloga americana Ilana Gershon. Durante quatro anos, a professora da Universidade Indiana entrevistou 72 universitários para investigar se os meios digitais influenciavam os finais de relacionamentos. Descobriu que sim. “Rompimentos sempre foram difíceis. As novas mídias tornaram esse processo ainda mais doloroso”, disse Ilana a ÉPOCA.

"Ceder ao impulso de espiar a vida do ex prolonga o sofrimento"
LIDIA WEBER, psicóloga

Antigamente, bastava apagar o nome da pessoa da agenda e deixar de frequentar alguns lugares para evitar o contato com o ex. Agora é preciso deletar o indivíduo do Facebook, do Orkut, do Twitter etc. Isso se o ex-casal não tiver contatos em comum nessas redes sociais. E, se esses amigos compartilham – no caso do Twitter, retuitam – as informações de amigos dos amigos, será preciso pedir gentilmente a eles que parem de repassar as informações indesejadas. Ou apagá-los também. Para piorar, agora também é preciso romper duas vezes. Mudar o status de “namorando” ou “casado” para “solteiro” no Orkut e no Facebook tornou-se um momento tão importante quanto o rompimento na vida real. “É o equivalente a oficializar a separação”, diz Ilana.

Em suas pesquisas sobre o uso das mídias sociais, a especialista em redes sociais Raquel Recuero, professora da Universidade Católica de Pelotas, do Rio Grande do Sul, descobriu que a primeira coisa que jovens e adolescentes fazem ao terminar um relacionamento é atualizar o perfil nas redes sociais. Muitos reformulam o perfil. E quem está fora da rede social entra após um rompimento. “As pessoas veem as redes sociais como uma forma de anunciar ao mundo que estão disponíveis. Ou não”, diz.

Para os ex-amantes inconformados, as redes sociais podem ser um instrumento de tortura. “É como tentar parar de fumar com uma porção de maços de cigarro espalhados pela casa”, diz o psicólogo Ailton Amélio. A psicóloga Lidia Weber, da Universidade Federal do Paraná diz que o término de um relacionamento equivale a uma pequena tragédia, cujos efeitos no cérebro podem ser comparados à abstinência de drogas. “Ceder ao impulso de espiar a vida do ex prolonga esse sofrimento.” A recomendação dos especialistas àqueles que desejam curar a dor de cotovelo virtual é resistir à tentação de dar a primeira clicada. Paula diz que só assim conseguiu se libertar do ex. “Percebi que, se não parasse de bisbilhotar a vida dele na internet, eu nunca conseguiria sair da relação.” Os dois agora são bons amigos... no Orkut.

Contribuição: Revista Época

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Professores universitários denunciam bonapartismo


Manifesto em Defesa da Educação Pública

Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.

Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.

No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.

Contribuição: Site ViOMundo

Saiba como aderir ao Manifesto em Defesa da Educação Pública:

Clique aqui:
http://www.viomundo.com.br/politica/professores-denunciam-bonapartismo-de-serra.html

sábado, 16 de outubro de 2010

Marina,... você se pintou?


*Por Maurício Abdalla

“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo.
Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.
Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.
Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.
Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.
“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.
Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.

*Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Marina neles!!!


Gravações ontem até 4hrs da madruga. Subo a serra agora e vou de encontro a minhas montanhas internas, o silêncio me conduzirá até elas.
Domingo será de volta ao Rio pra votar na Marina da Silva. Já pensaram que sonho essa mulher à frente do Brasil? Fico imaginando a figura frágil abismando o planeta com o tamanho de sua dignidade. Marina da Floresta naquelas reuniões de primeiro mundo, entre os grandes, ali vestida com o recato fora de moda (mas todo seu, único), um tonzinho nos lábios à base de beterraba cozida, um toque nos olhos, a sobrancelha por fazer e o sorriso calmo dos que abraçam a verdade. Seu vice é o melhor dos vices, homem simples, que, do nada, fez a Natura, aquele império de sucessos. Por aí se vê que Marina na cabeça do país se cercará dos melhores. Não dos amigos, asseclas, parentes, ou políticos desqualificados, mas de competentes técnicos para cada setor. Lá no topo da liderança ela será um lindo exemplo de retidão e eficiência, para que todo cidadão repense seus próprios atos e formas, e assim, se reinvente na conquista de um país melhor. Que assim seja!

Acabo de ver o debate, Serra, muito preparado, apresentou possibilidades de soluções concretas (ainda que mts vezes, utilizando exemplos pontuias). Marina falou de forma abrangente, de seu conceito para um país q precisa ser encarado com ideias novas e factíveis. Fico com ela nesse primeiro turno, dou meu voto para a modernidade, clareza, probidade, e retidão.

Contribuição: Blog Maitê Proença

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Independência da mulher também na cama

No Brasil, as mudanças do mercado de trabalho vieram na década de 70. O homem enfrentou séria dificuldade em suprir sozinho as inesgotáveis demandas de uma família em transformação. A mulher então saiu de casa em busca do seu próprio dinheiro. Ela precisava ajudar seu companheiro a complementar o orçamento da nova família consumidora. Hoje o verbo 'ajudar', no contexto familiar, já assumiu outras conotações. Tanto o homem quanto a mulher já produzem sozinhos a renda que é minimamente necessária para liderar uma casa. O dinheiro da mulher brasileira está garantindo a independência financeira do homem, garante o IBGE.

Neste momento, que ainda é de transição, a mulher precisa estar atenta para as suas próprias vulnerabilidades. Quando viajamos de avião, a aeromoça nos orienta a colocar a máscara de oxigênio primeiro em nós mesmos e depois no outro. Isso precisa ser colocado em prática na vida.

A mulher está sempre pensando em cuidar do outro, seja do marido, dos filhos, colocando-se em último lugar; ou está em primeiro lugar em todos os aspectos e não tem mais disponibilidade para estar com o outro. São as mulheres que têm um alto grau de exigência, e esta postura hostiliza e afasta os homens. Como consequência, elas obtêm sucesso no trabalho, mas não conseguem ser felizes nas relações amorosas.

Quando existe uma mudança, é natural que as pessoas passem de um extremo ao outro, até que possam, com os aprendizados, conseguirem encontrar um equilíbrio. É preciso acreditar que é possível conciliar o esforço das mulheres para obterem êxito em seu trabalho com o desejo de também serem felizes no amor.

Margareth Alves, psicóloga e terapeuta familiar

Contribuição: Bonde News

sábado, 25 de setembro de 2010

Gisele Bündchen declara apoio a Marina Silva



Em vídeo publicado na página da campanha do PV à Presidência da República no YouTube, a top model brasileira Gisele Bündchen declara seu voto à Marina Silva. Defensora de causas socioambientais, a top model mais famosa e mais cara do mundo diz que apoia a candidata porque ela tem o foco "no lugar certo" e por acreditar em seus projetos. "Ela é uma mulher que parece ter muita integridade", diz Gisele, no vídeo.

No depoimento, a modelo elogiou Marina pelo seu desempenho no Ministério do Meio Ambiente e por sua decisão de deixar o governo no momento em que perdia apoio para o projeto de combate ao desmatamento na Amazônia. "Ela mostrou que tinha uma missão e que foi pressionada", afirma. Gisele é embaixadora da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas (ONU) para o meio ambiente e participa constantemente de eventos em apoio à preservação ambiental.

Na rede de microblogs Twitter, Marina comemorou a adesão da top model. "Fiquei muito feliz com a declaração da Gisele. Isso só aumenta a altura e a velocidade da onda verde", afirmou a candidata. Além da top model, Marina recebeu hoje o apoio do senador peemedebista Pedro Simon (RS).

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Empresa de telefonia abre inscrições para estagiários

24/09/2010

A empresa de telefonia TIM abriu inscrições para estudantes interessados em fazer estágio nas unidades da empresa em sete estados brasileiros, incluindo o Paraná. Há vagas para estudantes com previsão de formatura em dezembro de 2011 e de 2012, que tenham conhecimento avançado de inglês e informática.

As inscrições ficam abertas até 29 de outubro, no endereço www.tim.com.br. Podem se inscrever estudantes dos seguintes cursos de graduação: administração de empresas, análise de sistemas, antropologia, ciências da computação, ciências contábeis, economia, comunicação social, desenho industrial, direito, engenharias, estatística, filosofia, marketing, pedagogia, psicologia, relações internacionais, sistemas de informação e sociologia.

Contribuição: UEL Notícias

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Novo shopping de Londrina terá investimento de R$ 212 mi

Boulevard vai gerar 900 empregos durante as obras e tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2012. Confira imagens do empreendimento



O grupo português Sonae Sierra lançou nesta segunda-feira (13) o Boulevard Londrina Shopping, que será construído junto ao Complexo Marco Zero, zona leste da cidade.

O empreendimento terá investimentos de R$ 212,1 milhões líquidos, e deve gerar 900 empregos durante as obras, com início previsto para outubro. Quando pronto, no segundo semestre de 2012, a expectativa é que sejam criados três mil postos de trabalho.

O shopping será construído em uma área de 47,8 mil metros quadrados, abrigando 236 lojas, sendo 197 lojas satélites, oito âncoras, três semi-âncoras, praça de alimentação com 23 lojas de fast food, dois restaurantes, sete salas de cinema da rede Cinemark e área de lazer da Magic Games. O espaço ainda contará com um hipermercado Walmart.


Uma das lojas âncoras já foi definida: a Etna, loja especializada em artigos para casa. A empresa tem dez unidades no Brasil, e a loja de Londrina será a segunda no Paraná.

A comercialização dos espaços já começou e a expectativa dos investidores é entregar o shopping com 100% dos espaços ocupados. O fato da região contar com 800 mil consumidores em potencial é o principal atrativo.

"Nossa estratégia é apostar em cidades com esta, voltada para o futuro, com potencial de crescimento. Londrina tem um fôlego que permite isso", afirma o CEO da Sonae Sierra Brasil, José Baeta Tomás. A empresa é responsável pela construção do Parque D. Pedro Shopping, em Campinas (SP),considerado o maior shopping da América Latina.

Projeto Arquitetônico

A proposta arquitetônica do Boulevard Londrina é aliar centro de compras a um espaço de cultura, lazer e convivência. A decoração e fachadas externas terão temática inspirada na "Pequena Londres". Na parte externa, o grafismo remetem aos detalhes da bandeira inglesa.

Um dos pontos de destaque está em uma das entradas, o atrio. O local terá pé direito com mais de 20 metros de altura e com fachadas totalmente envidraçadas. Na praça de Alimentação, localizada no 2° piso, haverá um terraço onde os visitantes poderão apreciar a vista externa.


O espaço gastronômico também contará com restaurantes que abrigam áreas abertas, possibilitando a integração ao boulevard do complexo, que deu origem ao nome do Shopping.

O caminho, com 700 metros de extensão e 26 de largura, possibilita ao visitante a interligação aos edifícios do complexo e também ao shopping. Já o paisagismo externo vai contemplar espelhos d’água e plantas exuberantes.

Contribuição: Bond News

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Teste seletivo: Londrina vai contratar 80 professores


A Prefeitura Municipal de Londrina deve abrir ainda este mês teste seletivo para contratar 80 professores para a educação infantil e atividades de contraturno nas 13 escolas onde já foi implantada a educação integral. Em outubro ou novembro, um concurso público será aberto para contratar mais 350 professores para toda a rede municipal de ensino.

"Espero que o teste seletivo seja rápido; já não aguento mais a falta de professores", disse a secretária de Educação, Karen Sabec, que cumpre agenda nesta quarta-feira (8) em São Paulo. "Temos tido dificuldades para não deixar os alunos sem aulas".

Ela disse que vários profissionais têm feito horas extras. "Temos conseguido atender todas as escolas com bastante dificuldade; mas, meu medo é que esses professores que estão fazendo horas extras fiquem doentes".

O secretário de Gestão Pública, Marco Cito, responsável por testes seletivos e concursos não foi localizado na manhã de hoje para informar em que fase estão os editais dos dois procedimentos para a Secretaria de Educação.

Educação integral

Segunda Karen Sabec, a ideia é expandir a educação integral gradativamente porque hoje, além do número insuficiente de professores, falta também espaço físico. "Vamos ampliar algumas escolas e melhorar a estrutura para, gradativamente, incluirmos um número maior de alunos na educação integral", afirmou. "O número de alunos é muito grande; então, nossa missão é complicada e difícil".

Atualmente, a Secretaria de Educação prepara a proposta pedagógica da educação integral, definindo, por exemplo, que conteúdos serão trabalhados no contraturno. "A ideia é que as oficinas realizadas no contraturno tenham relação com as aulas dadas no outro turno".

Depois de finalizado, o programa será submetido à avaliação do Conselho Municipal de Educação.

Contribuição: Bond News

terça-feira, 24 de agosto de 2010

SEMANA DO PSICÓLOGO - Conselho Regional de Psicologia 8ª Região

21/08 - 8h às 12h
Mini-workshop: "Psicoterapia"
Psic. Eliane Subtil Marçal CRP-08/05774 – Coordenadora da Comissão Clínica
Psic. Kelly Christiane F. G. Shimohiro CRP-08/07303
Psic. Alessandra Jesus Politi CRP-08/12295
Psic. José Carlos da Silva Camargo CRP-08/12173
Psic. Misma Félix de Souza CRP-08/05168

22/08 - Confraternização
Almoço CHURRASCO (por adesão)
Endereço: Rua Massatoshi Ronden, 655 - Bairro Jardim Manuel – IBIPORÃ-PR
(Confirmar presença com a secretaria da Subsede Londrina (43) 3026-5766)

23/08 - 19h00
Debate: Através de trechos do filme de Fernando Meirelles, “Ensaio Sobre a Cegueira”, baseado na obra de José Saramago, será realizada uma discussão sobre a dinâmica dos grupos e as relações de poder no mundo do trabalho.
Debatedores: Membros da Comissão Organizacional e do Trabalho

24/08 - 19h00
Mesa Redonda : “ Psicologia do Trabalho: Práticas Atuais, Avanços e Perspectivas”
Debatedores: Professores e Profissionais ligados à Psicologia Organizacional e do Trabalho

25/08 - 19h00
Palestra: “Participação e Controle Social”
Psic. Maria Sezineide Cavalcante de Melo CRP-08/03183

26/08 - 19h00
Mesa-redonda: "A Intervenção do Psicólogo na Promoção de Qualidade de Vida"
Psic. Cons. Denise Matoso CRP-08/02416
Psic. Andrea Simone Schaack Berger CRP-08/09933

27/08 - 8h às 17h
- ELEIÇÃO CRP-08 e CFP: Venha votar !!
- Panfletagem no Calçadão


crplondrina@crppr.org.br
ENDEREÇO EVENTO : Av. Paraná, 297 - 8ºandar - Sala 81e 82
CEP 86.010-390 - Fone/Fax: (43) 3026-5766 / (43) 3025-3861

27 de agosto - Dia do Psicólogo. Parabéns !

domingo, 15 de agosto de 2010

Marcelo Tas Apresenta a Evolução Digital no Café Filosófico CPFL

Por Victor Costa

O Café Filosófico CPFL do dia 6 de agosto recebeu um dos mais importantes comunicadores do país, o jornalista Marcelo Tas. Nas dependências da cpfl cultura, mais de 800 pessoas assistiram à divertida palestra Nova Renascença ou fim da picada?, que deu iníco ao módulo Mundo virtual: relações humanas, demasiado humanas, que conta com sua curadoria. E mais gente acompanhou essa participação, por meio da transmissão online no cpflcultura.com.br. Mais de 1500 pessoas passaram pelo site e participaram pelo chat enviando perguntas e debatendo as ideias.

Tas apresentou uma espécie de panorama da genealogia do analógico ao digital. Para tanto, estabeleceu um percurso da Renascença à atualidade. Da Imprensa de Gutenberg, que, ao libertar a informação, foi o YouTube do Renascimento, passando em 1938 pela invenção do Código de Modulação de Pulso (que possibilitou representar digitalmente um sinal analógico), culminando, em 1945, no conceito de satélite geoestacionário, que permitiu o desenvolvimento das telecomunicações, aos nossos dias de frenéticos tuites e retuites. Resultado deste percurso: os principais fenômenos da cultura digital são a diversidade do compartilhamento da informação e do conhecimento, e, principalmente, a variedade na publicação dos conteúdos. Mas, eis o problema de toda a “geleca eletrônica”: como entender o que está acontecendo conosco, “seres digitais”? Vivemos uma nova Renascença ou o fim da picada?

Viver em rede não é de hoje

Tas lembrou que a Renascença (período dos séculos XIV ao XVII no Ocidente) só recebeu este nome duzentos anos depois de seu “início”. “Esta é a dificuldade que temos hoje, dificuldade de definir o que estamos passando”, afirmou. Todas as épocas que passam por transformações macroestruturais têm a dificuldade de definição de si mesma. Mas este não é o único paralelo entre os dias atuais com o Renascimento. O período foi marcado justamente por macro transformações tais como as que vivemos atualmente, principalmente mudanças nas comunicações. Tas citou o cenário de Florença, que naqueles séculos foi epicentro do movimento de difusão de conteúdos, que ao colocar o conhecimento em rede, descentralizou-o. Ora, o que caracterizada a web é exatamente a descentralização do conhecimento, em rede. O mundo virtual continua a ser uma rede de pessoas, tal como nas velhas relações de comunicação. Nas palavras de Tas: “viver em rede não é de hoje!”. Para ilustra, Tas mostrou algumas imagens, com um papiro, o primeiro site, segundo ele; também um papiro egípcio, cujo layout parece precursor do ipod; e lembrou-se da Biblioteca de Alexandria, o Google da Antiguidade. O palestrante considerou passo primordial na “libertação” da informação a criação da Imprensa, por Johann Gutenberg, em 1448. “Foi o YouTube do Renascimento”, brincou.

Geleca eletrônica

No entanto, a característica fundamental de nossos dias é a diversidade das mídias de replicação de conteúdo. A diversidade de ferramentas das quais dispomos hoje para manter a rede é enorme, por isto a relação absurdamente veloz entre os conteúdos. Mas o que não se pode perder de vista é que, embora todo o suporte tecnológico, o mundo virtual é uma rede de pessoas. Por isto, Tas explica, o título do módulo deste Café Filosófico CPFL de agosto é Mundo virtual: relações humanas, demasiado humanas.

Tas falou então sobre o tema da educação. Desde as primeiras décadas do século XX até pouco tempo atrás, o professor era o provedor de informação. Abarrotava lousas de conteúdo, o aluno o replicava em seu caderno e o absorvia. Depois o professor testava quão bem o aluno compreendeu tal conteúdo. “E hoje, quantos provedores há para um aluno?”, questionou Tas. Mostrou então a imagem do quarto de um típico adolescente contemporâneo: com TV, rádio, livros, revistas, computador, celular, etc. A imagem valeu por mil respostas. Está prestes a ruir o papel do professor no mundo contemporâneo, eletrônico? Para Tas não. Segundo ele este é o momento do professor, que deve ser o organizador, o guia, deste caos de informações. “É ele [o professor] que pode fatiar as informações que nos são atiradas” e conferir-lhes razão, enfatizou Tas. É a hora do professor!

Momento nerd da palestra

Da transição do analógico ao digital, Tas citou dois cientistas: Alec Reeves e Arthur C. Clarke, no que irreverentemente chamou de “momento nerd da palestra”. Em 1938, o cientista Alec Reeves criou uma forma de ler digitalmente os sinais analógicos, este foi seu grande mérito. Assim, criou uma linguagem chamada Código de Modulação de Pulso, que usa a lógica do famoso código binário (0-1). Tas brincou que Reeves é o pai da pirataria, pois o Código nos possibilita, hoje, entre outras coisas, fazer cópias de mídias de DVDs.

Já Arthur Clarke além de cientista foi exímio escritor. Foi um conto seu que inspirou o filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, de Stanley Kubrick. Mas a contribuição de maior importância de Clarke foi a criação do conceito de satélite geostacionário. Em 1945, Clarke apresentou o conceito em artigo publicado em uma revista já chamada Wireless World, propôs aí uma cobertura “extra terrestrial” para a radiodifusão mundial. Suas ideias foram imprescindíveis para o desenvolvimento das telecomunicações, e inspiraram a noção de rede em “tempo real”.

Tas encerrou a palestra ao afirmar que a grande tarefa contemporânea continua a mesma do passado: processar informação. “E a perguntinha ainda é a mesma: quem somos, de onde viemos e para onde vamos? Só que agora podemos pensar nisto de modo mais democrático que antes”. E o desafio de viver em rede é não perder o foco, a pontaria, na utilização das ferramentas digitais. “Ferramentas são utilizadas por pessoas”, não o contrário

Contribuição: CPFL Cultura

sábado, 14 de agosto de 2010

Caio Fábio D'Araujo Filho



Pessoas [grifos meus] para enfrentar este tempo têm de ser de fibra, gente que tem em si a força do desapego, e que sabe o que é padecer. Caso contrário, o que sobra é restolho, são estilhaços, nada mais, das imensas pedras. A derrota sem luta é uma das maiores indgindidades.

Eros e Psique


Por Fernando Pessoa

Conta a lenda que dormia
Uma Princesa encantada
A quem só despertaria
Um Infante, que viria
De além do muro da estrada.

Ele tinha que, tentado,
Vencer o mal e o bem,
Antes que, já libertado,
Deixasse o caminho errado
Por o que à Princesa vem.

A Princesa Adormecida,
Se espera, dormindo espera,
Sonha em morte a sua vida,
E orna-lhe a fronte esquecida,
Verde, uma grinalda de hera.

Longe o Infante, esforçado,
Sem saber que intuito tem,
Rompe o caminho fadado,
Ele dela é ignorado,
Ela para ele é ninguém.

Mas cada um cumpre o Destino
Ela dormindo encantada,
Ele buscando-a sem tino
Pelo processo divino
Que faz existir a estrada.

E, se bem que seja obscuro
Tudo pela estrada fora,
E falso, ele vem seguro,
E vencendo estrada e muro,
Chega onde em sono ela mora,

E, inda tonto do que houvera,
À cabeça, em maresia,
Ergue a mão, e encontra hera,
E vê que ele mesmo era
A Princesa que dormia.
Não-se tem nada além de tempo,
mas o tempo não nos da tempo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Metade


Por Oswaldo Montenegro

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio

Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste, e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
A outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.

domingo, 8 de agosto de 2010

2 vírgula 1

Por Luís Wesley
Duas xícaras, uma só amizade
Dois olhares, uma só paixão
Dois caminhos, uma só solidão
Duas mãos, um só coração

Duas estrelas, uma só constelação
Dois continentes, uma só atmosfera
Dois rios, uma só cachoeira
Duas águas, uma só sede

Duas faces, um só afago
Dois lábios, um só beijo
Dois seios, um só prazer
Duas bocas, um só sussurro

Duas vidas, uma só felicidade
Dois fogões, uma só brasa
Dois nomes, uma só história
Duas raízes, um só chão

Duas labaredas, um só clarão
Dois desejos, uma só esperança
Dois endereços, um só lugar
Duas claves, uma só canção

Dois portais, um só domingo
Dois altares, uma só Graça
Dois pedintes, uma só oração
Dois pecadores, um só perdão

domingo, 1 de agosto de 2010

*José Mindlin


O vírus do amor ao livro é incurável,

e eu procuro inocular esse vírus

no maior número possível de pessoas"

*José Mindlin tinha suas ocupações, que no caso era : advogado, empresario e bibliofilo a sua nacionalidade era brasileira. Resuminho simples : José Ephim Mindlin ... nasceu 8 de setembro de 1914, faleceu 28 de fevereiro de 2010. filho do dentista Ephim Mindlim e Fanny Mindlin. Fez faculdade de direito (na faculdade de São Paulo), por varios anos foi advogado. apôs sua aposentadoria, Mindlin pôde dedicar-se a sua paixão desde que tinha 13 anos de idade: colecionar livros raros. O 1º foi Discours sur i'HISTOIRE UNIVERSILLE acumulava cervo de até 40 mil volumes Em 20 de junho de 2006 Mindlin decidiu doar todas as obras brasileiras da vasta coleção pra á universadade de São Paulo, pois então foi chamado de "Biblioteca Brasileira Guita e José Mindlin"

Latino-americanas mais educadas se casam menos, diz estudo

As mulheres latino-americanas mais escolarizadas têm menos probabilidade de se casar do que as mulheres menos educadas ou que os homens igualmente educados, segundo afirma uma pesquisa da Universidade Harvard.

De acordo com a pesquisa - baseada em dados de censos de mais de 40 países - quando se casa, grande parte das mulheres latino-americanas mais escolarizadas tende a fazê-lo com homens menos educados.

No Brasil e na Colômbia, por exemplo, cerca de 40% das mulheres mais escolarizadas se casam com homens menos educados, enquanto que nos Estados Unidos essa proporção é de apenas 16%.

O estudo Schooling Can’t Buy me Love (Escolaridade não pode comprar o amor, em tradução livre) define como mulheres mais escolarizadas as que têm pelo menos nível secundário completo.

Capacidade no Lar

Os autores da pesquisa concluem que os homens latino-americanos valorizam mais a capacidade de uma mulher no lar do que sua preparação acadêmica na hora de escolher uma esposa.

Segundo eles, a América Latina apresenta uma situação diferente da de outras regiões também analisadas, como países desenvolvidos ou do leste europeu.

“Identificamos que quando uma mulher se casa com um homem menos educado do que ela, tende a trabalhar mais, enquanto quando se casa com um homem igualmente escolarizado, tende a ficar em casa”, disse à BBC um dos autores do estudo, Ricardo Hausmann, ex-ministro de Planejamento da Venezuela.

Apesar disso, o estudo indica que quando as mulheres se casam com homens menos escolarizados, eles em sua maioria têm uma renda superior à média de seu perfil de idade e escolaridade.

“Talvez seja algo que a mulher lhe acrescente, que lhe dê mais conexões, mais contatos, mais mundo, ou pode ser que se o homem não fosse uma pessoa relativamente capaz, a mulher não teria se casado com ele”, comenta Hausmann, que é diretor do Centro de

Desenvolvimento Internacional de Harvard.
Um estudo anterior do Fórum Econômico Mundial sobre a diferença entre os gêneros, do qual Hausmann participou, indicava que as mulheres latino-americanas haviam eliminado a diferença com os homens em termos de nível educacional e que hoje as mulheres são mais escolarizadas na média do que os homens na região.

“Parte da hipótese que se poderia ter é que se as condições educacionais são igualadas, os gêneros vão se igualando em outras dimensões. E uma das coisas que aparece é que efetivamente as mulheres mais educadas tendem a trabalhar mais, mas há também toda essa complexa dinâmica em torno do casamento”, afirma Hausmann.

“Não esperávamos descobrir que mais educação implica também mais dificuldade de se casar”, diz.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Resolução que veda participação de psicólogos em exames criminológicos gera polêmica

O Conselho Federal de Psicologia proíbe que psicólogos avaliem presos

O Conselho Federal de Psicologia editou uma resolução no mês passado que veda a participação de psicólogos em exames criminológicos de presos. Estes exames são fundamentais para basear decisões judiciais quanto a progressão de regime de presos.

Para a presidente do Conselho, Ana Maria Lopes, estas avaliações, da forma como são feitas, não são éticas, pois só há acompanhamento em um dado momento da vida do preso, que é quando que se estuda a progressão de pena. O acompanhamento psicológico, na visão dela, deveria ser feito desde o início do ingresso no sistema penitenciário.

O coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal do MPE, Fabiano Dallazen, é contra a resolução do Conselho . Segundo ele, a decisão é ilegal. Ele argumenta que os exames não devem ser a única forma de decidir a progressão de pena, mas devem servir como recurso adicional nestas decisões.

Contribuição: Zero Hora

Marina Defende Plebiscito Sobre Legalização da Maconha


Em agenda de campanha em Natal, a candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, dividirá as atenções dos potiguares com a Marcha pela Maconha, prevista para as 16 horas de hoje. Pela manhã, Marina deu entrevistas a duas emissoras de rádio e defendeu um plebiscito para discutir a legalização da maconha. "Não podemos resolver isso (legalização da droga) sem um grande debate", argumentou.

A candidata disse que respeita as opiniões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), que são favoráveis à legalização, mas assim como na questão do casamento gay, ela é contra. No entanto ela espera que o assunto seja levado à sociedade. "Eu nunca tive nenhuma atitude de discriminação", afirmou.

Durante entrevista de 25 minutos à Rádio 95 FM, Marina disse que sua candidatura conseguiu se impor no cenário eleitoral e que "acabou o plebiscito" entre PT e PSDB. No entanto, para a candidata o desafio agora é "acabar com a baixaria" de acusações entre seus adversários. "Eu não estou me deixando pautar pelo jogo do vale-tudo."

A presidenciável voltou a criticar as acusações do vice do presidenciável José Serra, deputado Indio da Costa (DEM-RJ), que levantou recentemente a questão da suposta relação entre PT e as Forças Revolucionárias Armadas da Colômbia (Farc). Marina disse que falta a Indio maturidade e"quilometragem política". "O vice do Serra às vezes extrapola. Não vale tudo para se ganhar as eleições", criticou.

Marina disse esperar de seus adversários uma postura de respeito à legislação e que, após as multas da Justiça Eleitoral, que não haja mais infrações. Para ela, Dilma Rousseff (PT) e Serra colecionam multas porque suas candidaturas têm estrutura financeira para pagar as punições. "Eu ia lavar prato pelo resto da vida se fosse multada toda semana", disse.

GOVERNOS

Se eleita, ela afirmou que não discriminará governos de oposição ao seu partido por acreditar que isso representa um "pensamento mesquinho". "Essa é a política pequena." Num discurso voltado para os nordestinos, Marina defendeu mais investimento em educação (principalmente no combate ao analfabetismo), saúde (com foco na luta contra a mortalidade infantil), segurança (destacou a violência doméstica) e manutenção do Bolsa Família, rechaçando a ideia de programa assistencialista. "Só chama de assistencialista quem não sabe o que é passar fome", rebateu ela durante entrevista à Rádio 96 FM.

Marina também abordou durante as entrevistas o investimento em obras de infraestrutura, uma vez que o Estado receberá jogos da Copa do Mundo de 2014. A candidata afirmou que quer ir além do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), o qual chamou de sistema de gerenciamento de obras. "No governo do Fernando Henrique Cardoso nem tinha isso", cutucou.

A candidata aproveitou o assunto para rebater os críticos que afirmam que um governo verde não investirá em obras. "A gente pode fazer os investimentos sem destruir a natureza. O que não dá é fazer de qualquer jeito", disse.

Marina defendeu ainda o corte de gastos e o fim do "festival de cargos comissionados". "O servidor concursado deve ser mantido. O que nós temos de acabar é com o desperdício", propôs. A candidata disse se espelhar no modelo de transparência na divulgação dos gastos implementada pelo presidente norte-americano Barack Obama. "Quero fazer como o presidente Obama, colocar tudo na internet."

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nova Renascença ou Fim da Picada?

Por Marcelo Tas
Marcelo Tas : É jornalista, ator e roteirista. Entre suas obras destacam-se os videos do repórter ficcional Ernesto Varela; as séries "Rá-Tim-Bum" (TV Cultura) e a sua participação na criação do "Programa Legal" e "Telecurso" (TV Globo). Recentemente, Tas realizou o "Beco das Palavras", um game interativo no Museu da Lingua Portuguesa, em São Paulo.

Já atuou como colunista e âncora em variados veículos: Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, revista Trip; e nas rádios Bandnews, 89 FM e Eldorado. Atualmente, Tas é o âncora do CQC- programa que mistura jornalismo e humor- transmitido em rede nacional pela BAND. No portal UOL, é autor do "Blog do Tas", um dos blogs mais premiados do país (melhor blog do Brasil pelo iBest- 2004 e 2005; melhor blog em língua portuguesa pelo The Bobs- 2007- da Deutche Welle, Alemanha). Tas já foi agraciado com vários prêmios no Brasil e no exterior, entre eles a bolsa da Fullbright Comission, quando foi artista residente na NYU- New York University, nos Estados Unidos.


Cada vez mais, nossas relações são mediadas por ferramentas digitais: a política, a educação, as relações sociais e amorosas, os negócios... o mundo vive cada vez mais on-line, trocando informação numa rede em tempo real. Somos a geração que testemunha e é cobaia de uma importante transição tecnológica: do analógico para o digital. É um tempo de aceleração de velocidade e variedade na publicação das informações e do conhecimento compartilhado, onde cada um pode ser o autor de sua obra fictícia ou não. Como confiar e conviver no caldo cultural gerado por tantas possibilidades e ruídos? Quais os nós dramáticos desta história? Estamos diante de uma nova renascença ou diante do fim da picada

Assista ao vivo no Café Filosófico:
Palestra do módulo Mundo virtual: relações humanas, demasiado humanas, de Marcelo Tas.

Transmissão ao vivo a partir das 18h em www.cpflcultura.com.br/aovivo

Data: 6 de agosto
Horário: 19h

segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Arte Perdida do Compromisso


Por Charles Colson & Catherine Larson

Sem compromisso, nossa vida individualista será árida e estéril. Sem compromisso, nossas vidas ficarão sem sentido ou propósito.

Certas características são tão inerentes ao cristianismo que negligenciá-las significa tornar-se um crente disforme. Uma delas é o compromisso. Um cristão sem compromisso é como um paradoxo. O descompromisso tem sido uma tendência na sociedade moderna. As pessoas estão cada vez menos comprometidas com suas responsabilidades, com seus empregadores e até com sua família. Carreira, casamento, amizade e até mesmo a fé – ou seja, valores enraizados na cultura ocidental – têm sido abalados ela falta de compromisso, sobretudo entre as pessoas mais jovens.

E a percepção não é apenas pela mera observação dos fatos e do comportamento das pessoas. Uma pesquisa feita em 2008 mostrou que mais da metade das pessoas com idades entre 20 e 24 anos estavam com seu empregador atual havia menos de um ano. O matrimônio, em especial, tem sofrido muito com esse quadro. De acordo com dados do último censo norte-americano, os adultos jovens estão se casando mais tarde do que nunca. Um documentário produzido pela PBS em 2006, intitulado A próxima geração, deu algumas dicas sobre o porquê dessa situação atual: desejo de aventura, interesse em progredir na carreira e permanência mais prolongada na adolescência.

A falta de compromisso também está atingindo duramente a religião. Estudos sugerem que a geração iPod chega ao cúmulo de escolher quais aspectos da fé deseja adotar para criar as suas próprias listas espirituais. A religião passa a ser o mesmo, então, que uma lista de meros interesses pessoais.

Entre os jovens adultos de hoje, a falta de vontade de se comprometer é alarmante. Eles são filhos de uma geração que viveu o apogeu da contracultura, entre as décadas de 1960 e 70, e expressam tal sentimento em seu apogeu. Em 1979, o sociólogo Robert Bellah realizou extensas entrevistas e pesquisas para compreender os chamados “hábitos dos corações” dos americanos médios. Muitos deles não tinham nenhum senso de comunidade ou obrigação social e viam o mundo como um lugar fragmentado de escolha e de liberdade, sempre no objetivo de obter o máximo em realização e conforto pessoal. Instados a expressar alguma forma de compromisso com algo ou alguém além de si mesmos, a maioria quedou-se silente.

Bellah chamou este comportamento de “individualismo ontológico”, uma crença não codificada segundo a qual o indivíduo é a única fonte de significado. O estudioso previu então como essa atitude iria, com o passar do tempo, afetar a sociedade em geral e até a Igreja. Como se vê, acertou em cheio. Desde então, temos visto uma quase ininterrupta marcha em direção ao autofoco, afetando todas as nossas instituições, mas sobretudo o trabalho, o casamento e a família.

Os blocos básicos da construção de uma sociedade pode se corroer se não existir compromisso daqueles que a compõem. No caso da Igreja, é cada vez mais urgente ensinar isso. Afinal, como é possível pensar em ser cristão sem um compromisso voluntário e total com a pessoa de Jesus? Por outro lado, além das ramificações para a sociedade como um todo, quando tal compromisso é recusado o mesmo negligenciado, perde-se uma das grandes alegrias da vida. Quando focamos tudo sobre nós mesmos, perdemos o grande sentido da existência, que outro não é senão conhecer e servir a Deus e amar e servir a nosso próximo.

Isso ficou claro quando 33 cientistas pesquisadores investigaram a relação entre o desenvolvimento humano e da comunidade em um importante relatório chamado Hardwired to connect. A pesquisa revelou que o ser humano é biologicamente preparado para encontrar sentido através de relacionamentos. Depois de quase oito décadas de vida, posso testemunhar sobre isso. Minha alegria maior é dar-me aos outros e vê-los crescer como conseqüência disso. É impossível descobrir isso sem que tenha compromisso com alguém. A primeira vez que aprendi isso foi presenciando meus pais cuidarem de meus avós, de maneira amorosa e espontânea, até o fim de suas vidas.

Vi isso também quando estava no Corpo de Fuzileiros Navais. Lá, ensinava-se aos recrutas como eu que compromisso com o companheiro de farda é tudo. Aprendi que, uma vez em combate, eu certamente morreria se o homem mais próximo a mim não me cobrisse, e vice-versa.

Esse tipo de compromisso total, feito de amor um pelo outro, é o que precisa acontecer nas igrejas. Ao abandonar o compromisso, a nossa cultura narcisista perdeu a única coisa que procura desesperadamente: a felicidade. Sem

compromisso, nossa vida individualista será árida e estéril. Sem compromisso, nossas vidas ficarão sem sentido ou propósito. Afinal, se não se vale a pena morrer por nada, também não vale a pena viver. Mas, com o compromisso, vem o florescimento da sociedade – de vocação, do casamento, da Igreja – e dos nossos corações. Esse é o paradoxo de Jesus, tantas vezes compartilhado quando o Senhor nos oferece para vir e morrer, a fim de que possamos verdadeiramente viver.

Contribuição: Cristianismo Hoje

domingo, 11 de julho de 2010

Leandro Konder - Utopia


“A utopia é uma fonte que alimenta inquietações generosas, nobres ímpetos justiceiros e uma preciosa disposição para a busca da felicidade universal. Nela se revelam aos seres humanos aspectos novos de suas carências, anseios, fantasias e desejos”

(Leandro Konder)


terça-feira, 6 de julho de 2010

Os Melhores e/ou os Piores Frangos

Arnaldo Jabor


BRASILEIRO É UM POVO SOLIDÁRIO.
Mentira. Brasileiro é babaca.

Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida.

Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza.

Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade...

Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária. É coisa de gente otária.

BRASILEIRO É UM POVO ALEGRE.
Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.

Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai. Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

BRASILEIRO É UM POVO TRABALHADOR.
Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência. - O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.

Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.

BRASILEIRO É UM POVO HONESTO.
Mentira. Já foi, hoje é uma qualidade em baixa.

Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso. Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.

O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

90% DE QUEM VIVE NA FAVELA É GENTE HONESTA E TRABALHADORA.
Mentira. Já foi.

Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram. Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.

Hoje a realidade é diferente. Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como "aviãozinho" do tráfico para ganhar uma grana legal. Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.

Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

O BRASIL É UM PAÍS DEMOCRÁTICO.
Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei. A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.

Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia. Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita. Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores). Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

DEMOCRACIA ISSO? PENSE!
O famoso jeitinho brasileiro.

Na minha opinião um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira. Brasileiro se acha malandro, muito esperto. Faz um "gato" puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.

No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí? Afinal somos penta campeões do mundo né?

Grande coisa...

O BRASIL É O PAÍS DO FUTURO.
Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos. Dessa vergonha eles se safaram... Brasil, o país do futuro !? Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

DEUS É BRASILEIRO.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.

PARA FINALIZAR TIRO MINHA CONCLUSÃO:
O brasileiro merece!

Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Aspirando a Criança

Reação ao Avanço Evangélico


Há consenso entre os pesquisadores de que a movimentação político-eleitoral dos católicos é uma reação à crescente presença dos evangélicos no parlamento. Tanto para o cientista político Michel Zaidan, professor da pós-graduação de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), quanto para a historiadora Sylvana Brandão, professora de UFPE, não há nada de novo nessa atitude. "É um contraponto aos evangélicos. Em particular para concorrer com as igrejas neopentecostais, que privilegiam o louvor e o exorcismo", considera Zaidan.

O cientista político ressalta que os gestos dos grupos leigos católicos, em especial, não devem ser encarados como uma ação da Igreja Católica. "Isso é coisa de leigos. Não é da instituição", analisou. De acordo com ele, a Igreja não tem atualmente projeto político ao contrário do passado, quando em acordo com o estado instituiu o padroado. O padroado permitia ao imperador nomear e exonerar padres, enquanto esses recebiam salários. "A Igreja Católica, que já foi um partido político informal, abandonou a pretensão de adotar um projeto político", reforçou.

Para Zaidan, nas últimas décadas o caminho escolhido pelo grupo hegemônico da instituição foi o de influenciar a sociedade culturalmente. Mesmo assim, não se pode esquecer que existe a simpatia de padres e bispos a movimentos como Fé e Compromisso. Afinal, um parlamentar confessadamente católico pode abrir portas em contatos com o poder público, seja Executivo ou Legislativo. Foi assim que funcionou com o vereador Josenildo Sinésio (PT) no governo petista do prefeito do Recife, João Paulo (2001-2008). Sinésio intermediou as conversas entre a prefeitura, a arquidiocese local e movimentos religiosos. Por tabela, a tarefa político-religiosa do vereador se estendeu até as relações com o governo estadual.

Especializada em história da religião, Sylvana Brandão avalia que o estado não pode prescindir da religião. "As igrejas sabem disso", enfatizou. Por outro lado, entende, vivemos num estado dito laico, mas que preserva características de atrelamento às religiões. Exemplos são os financiamentos de cultos e shows religiosos pelo poder público e a previsão, na Constituição Federal, do ensino religioso. Daí, complementa, a Igreja Católica não abrir mão de que seus fiéis declarem sua fé. E os políticos se encaixam perfeitamente nesse cenário, em que, além dos católicos, há eleitores do tipo self-service (que se nutre de ensinamentos de diferentes religiões) e evangélicos votando por fidelidade a seus pastores e igrejas.

Contribuição: Diário de Pernambuco

domingo, 4 de julho de 2010

Bons de Bola

Hiperatividade Não Se Resolve Só Com Remédio


O alerta vem de especialistas da área, de olho na prescrição de Ritalina para crianças

A demanda pelo medicamento Ritalina, para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), na rede pública de saúde aumentou a partir de dezembro do ano passado. De acordo com informação da Central de Abastecimento Farmacêutico de Londrina (Centrofarma), passou de 6 mil comprimidos/mês para 8 mil a 9 mil comprimidos/mês; das 225 crianças e adolescentes cadastradas saltou para 300. Para a psicopedagogia e para a neurologista infantil, a necessidade de medicamento é real em muitos casos e sua administração é eficiente. No entanto, especialistas advertem que muitas crianças e adolescentes estão sendo medicados sem necessidade.

O neurologista infantil Clay Brites que participa das reuniões da equipe de distúrbio de aprendizagem da Unicamp (SP), diz que hoje no Brasil entre 5% e 6% das crianças e adolescentes possuem TDAH. “No mundo são 3,5% a 5,8%. O Brasil está um pouco acima, mas na média”, afirma. Ele diz não considerar exagerado o aumento do fornecimento de Ritalina pela rede pública de Londrina, mas chama a atenção para o fato de os municípios não terem um sistema de avaliação e diagnóstico multidisciplinar para trabalhar só com saúde mental na escola. “Isso reduziria em muito a necessidade do medicamento”, diz.

A coordenadora do curso de pós-graduação em psicopedagogia com foco em modularidade da mente, da UniFil, Viviany Freire, ressalta que houve aumento de queixas da escola e dos pais sobre TDAH. "O principal fator é o meio no qual a criança e o adolescente estão inseridos", afirma. Ela se refere ao cotidiano marcado pelas novas tecnologias, especialmente a internet. "As mensagens instantâneas, a rapidez com que a criança e o adolescente tem acesso a informações e a estímulos variados aceleraram o processo cognitivo das crianças." No contraponto está a escola, que não acompanhou o avanço das tecnologias e das ciências e mantém o mesmo processo de aprendizagem, fundado em cópias no quadro negro. "Essa criança que tem acesso à rapidez da aquisição de informações não dá mais conta de ficar quatro horas sentada em uma sala de aula, copiando informações do quadro negro", explica.

Nesse sentido, o neurologista Clay Brites destaca a importância, para o diagnóstico preciso, de professores com conhecimento em hiperatividade. “O professor, hoje, está cansado, não tem um olhar compreensivo e acolhedor sobre essas crianças, que são estigmatizadas como difíceis, ficam com a autoestima prejudicada e acabam sendo cooptadas por pessoas envolvidas com drogas, por exemplo. Com uma equipe multidisciplinar nas escolas, com esse olhar, conseguimos trazer essas crianças de volta”, afirma. Brites acaba de voltar de uma Conferência Internacional sobre TDAH, em Amsterdã, Holanda.

Ele diz que o Brasil é um dos países que mais pesquisa sobre o transtorno. “Só perdemos para os Estados Unidos. Mas o poder público aproveita essa experiência. Alguns municípios já estão acordando para isso.”

Propensão é maior em prematuros

Embora haja uma confusão entre agitação, falta de limites e TDAH, tanto a psicopedagoga Viviany Freire quanto o neurologista Clay Brites ressaltam que há um aumento real de casos do transtorno. Freire atribui, em muito, à genética e ao meio social em que a criança e o adolescente estão inseridos. Já Brites destaca, além desses fatores, o avanço da medicina. “O TDAH está associado a crianças prematuras. Há algumas décadas, o prematuro morria. Hoje ele sobrevive e com ele os riscos, casos como o de TDAH, por exemplo. Outro fator é o tabagismo materno, além da genética.”

Ele destaca ainda que é fundamental a identificação do problema, que começa, normalmente, a partir dos 7 anos e cujos sintomas devem aparecer em no mínimo dois ambientes. Segundo ele, o problema afeta além de rendimento escolar, a vida social e afetiva da criança e do adolescente e, se não tratado, é levado para a vida adulta, gerando problemas de desagregação familiar, no trabalho e outros. Hoje, 60% das crianças com TDAH se tornam adultos com a doença.

Postos devem retomar distribuição de Ritalina

A Prefeitura de Londrina deu prazo de 15 a 20 dias para regularizar o fornecimento do medicamento controlado Ritalina, utilizado para casos de hiperatividade em crianças e adolescentes. Conforme reportagem do JL, de 23 de maio, 300 pacientes cadastrados na rede municipal de Saúde já estavam sem o medicamento em função de dois processos licitatórios que fracassaram e impossibilitaram a compra.

Diagnóstico exige ‘olhar’ de profissionais experientes

Outro fator importante para o diagnóstico preciso da hiperatividade, segundo Clay Brites, é ser feito por um profissional experiente na área. Ele aponta que hoje, no Brasil, os profissionais mais adequados são o neurologista infantil e o psiquiatra. “Os exames são o clínico e o observacional. Não existem exames radiológicos, de sangue, eletroencefalográfico que identifiquem o transtorno.” Para o neurologista, a Ritalina é muito eficiente quando a criança e o adolescente realmente possuem o transtorno, mas só se ministrada dentro de um contexto. “A abordagem do transtorno não deve ser só remédio, deve haver abordagem psicológica, psicopedagógica e familiar”, explica. “O problema é que hoje todos ficam focados no remédio e acham que isso apenas resolve o problema. E não é assim.”

“Os pais acham que a escola tem que dar conta de tudo”

O neurologista infantil Clay Brites aponta a necessidade de transformação da escola. Para ele, os professores de hoje têm dificuldade, ainda, em implementar aulas mais dinâmicas. Outro fator são as salas superlotadas. “Dificulta muito atenção e esses alunos acabam diagnosticados com TDAH, quando o problema é o número de alunos na sala de aula”, diz.

Na avaliação da psicopedagoga Viviany Freire, a escola precisa entrar no século XXI. "Se isso não acontecer continuaremos a ter muitas crianças sendo medicadas sem necessidade." Para ela, existe um “modismo” em torno da hiperatividade, que é um dos fatores do TDAH. “A falta de limites está sendo muito confundida com estes transtornos.”

Freire ressalta a importância de a escola se repensar e ter práticas mais dinâmicas de ensinar. "O foco da escola é a aprendizagem e hoje as escolas estão muito voltadas para resolver problemas de disciplina e falta de limites, que têm que ser trabalhados pelos pais, em casa", diz. "Na rede pública os professores precisam trabalhar com casos de agressões, nas escolas particulares os pais jogam o filho lá e como estão pagando acham que a escola tem que dar conta de tudo."

Contribuição: JL

Casamento: Isso Que É Amor!

Nelson Mandela

"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar."

sábado, 3 de julho de 2010

Minha Herança: Uma Flor


Por Vanessa da Mata

Achei você no meu jardim
Entristecida
Coração partida
Bichinho arredio

Peguei você pra mim
Como a um bandido
Cheio de vícios
E fiz assim, fiz assim

Reguei com tanta paciência
Podei as dores, as mágoas, doenças
Que nem as folhas secas vão embora
Eu trabalhei

Fiz tudo, todo meu destino
Eu dividi, ensinei de pouquinho
Gostar de si, ter esperança e persistência
Sempre

A minha herança pra você
É uma flor com um sino, uma canção
Um sonho, nem uma arma ou uma pedra
Eu deixarei

A minha herança pra você
É o amor capaz de fazê-la tranqüila
Pleno, reconhecendo o mundo
O que há em si

E hoje nos lembramos
Sem nenhuma tristeza
Dos foras que a vida nos deu
Ela com certeza estava juntando
Você e eu

Achei Você no Meu Jardim

domingo, 27 de junho de 2010

Romanos 3:24


Anderson

"Sendo justificados GRATUITAMENTE pela sua GRAÇA, pela sua REDENÇÃO que há em CRISTO JESUS".

Há uma imensa preocupação de centenas de milhares de pessoas, porque não dizer de milhões que desenvolvem a sua fé/espiritualidade em algo ou em alguém, na expectativa de conquistar e/ou ser recompensado numa outra vida, no limear do portal dimensional dessa vida.

Para tanto, essas muitas milhares de pessoas estabelecem rotinas religiosas no afã de não somente agradar, mais conquistar essa recompensa celestial, recheada de descanso e paz eterna.

Muito mais que uma construção de letras e palavras, o texto acima indica a impossibilidade humana de conquistar algo que está pra além do potencial-humano de conquista, na verdade, não há presságios negociáveis para está tão grande salvação proporcionada por essa maravilhosa graça.

O conteúdo profético, denuncia a arrogância da relegião representadas nas figuras de templos e figuras carismáticas, intituladas como líderes-religiosos. De fato a logomarca registrada de cada instituição; a proposta instituicional não pode em hipótese alguma salvar alguém em qualquer que seja o estado em que a pessoa se encontra.

Fomos todos justificados gratuitamente, exato GRATUITAMENTE! Sei que é difícil para nosso orgulho humano de não ter participação nessa justificação, principalmente quando alguém se comporta de forma ilibada, e acretida que através de um código de pode-e-não-pode consegue seduzir a Deus, ao ponto em que Este se deixa ser acionado por um dispositivo maniqueísta-religiso.

Graças ao nosso Mestre Jesus que nos ama, e em sabendo da nossa incapacidade de justificação, se fez injusto para que nós tornássemos justo nEle. De modo em que todos nós, absolutamente todos que professe e confesse que Jesus Cristo é o Senhor já esta salvo em Cristo e por Cristo.

Essa graça orinda dessa fonte bondosa que é Cristo, nivela a todas as pessoas, seja; ricas ou pobres, negros ou brancos, migrantes ou imigrantes, homens ou mulheres, ignorantes ou intelecutais, membros ou líderes, católicos ou evangélicos, ocidentais ou orientais [...], enfim essa graça nos nivela a ponto de gerar a humilde percepção de que todos somos iguais e de que ninguém, absolutamente ninguém é melhor do que o outro, por que agora, não há gregos ou troríanos, judeus ou gentios, mas um só povo chamado igreja do Senhor Jesus Cristo.

É importante dizer que essa igreja não traz uma logomarca escrita de neon, nem tão pouco é apenas um espaço físico com um amontoado de tijolos e pinturas, mas todavia é o agrupamento de milhares de pessoas, de todas as tribos, raças,línguas e nações que confessam que Jesus Cristo é o Senhor, e dedicam suas vidas no Reino de Deus sob os ensinamentos do Evangelho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que resume em amar a Deus sob todas as coisas e ao próximo com Ele [Jesus] amou.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Fariseu e a Criança


Palavras de Tomas Merton: “Se tenho uma mensagem para meus contemporâneos, certamente é esta: sejam o que quiserem, sejam loucos, bêbados… Mas evitem, a todo custo, uma coisa: ’sucesso’”. Evidentemente, Merton se refere ao culto ao sucesso, à fascinação farisaica por honra e poder, o impulso implacável de realçar a imagem do impostor aos olhos dos admiradores. Quando, porém, minha falsa humildade desdenha do prazer da conquista e escarnece os elogios e louvores, fico orgulhoso dela, alienado e isolado das pessoas reais, de modo que o impostor domina novamente.

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Extraído do capítulo 5 de "O impostor Que Vive Em Mim" de Brennan Manning

Contribuição: Blog Caminho da Graça

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Os Intelectuais e a Educação


Gramsci examinou de perto o papel dos intelectuais na sociedade: todo homem é um intelectual, já que todos têm faculdades intelectuais e racionais, mas nem todos têm a função social de intelectuais. Ele propôs a ideia de que os intelectuais modernos não se contentariam mais de apenas produzir discursos, mas estariam engajados na organização das práticas sociais.

Segundo sua análise, “não há actividade humana da qual se possa excluir de toda intervenção intelectual, não se pode separar o ‘homo faber’ do ‘homo sapiens’” enquanto, independentemente de sua profissão específica, cada um é a seu modo “um filósofo, um artista, um homem de gosto, participa de uma concepção do mundo, tem uma consciente linha moral”, Mas, nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais.

Historicamente se formam categorias particulares de intelectuais, “especialmente em relação aos grupos sociais mais importantes e passam por processos mais extensos e complexos em conexão com o grupo social dominante”. Gramsci, então, distingue entre uma “intelectualidade tradicional” que, sem razões, se considera uma classe distinta da sociedade e os grupos intelectuais que cada classe gera “organicamente”. Estes últimos não descrevem a vida social simplesmente por regras científicas, mas de preferência exprimem as experiências e os sentimentos que as massas por si mesmas não conseguem exprimir.

O intelectual tradicional é o literato, o filósofo, o artista e por isso, diz Gramsci, “os jornalistas, que acreditam ser literatos, filósofos e artistas, também acreditam ser os verdadeiros intelectuais”, enquanto que modernamente é a formação técnica a que serve como base do novo tipo de intelectual, um “construtor, organizador, persuasor”, que deve partir “da técnica-trabalho para a técnica-ciência e a concepção humano-histórica, sem a qual permanece especialista e não se torna dirigente”. O grupo social emergente, que labuta por conquistar a hegemonia política, almeja conquistar a própria ideologia intelectual tradicional, ao mesmo tempo que forma seus próprios intelectuais orgânicos.

A organicidade do intelectual se mede pela maior ou menor conexão que mantém com o grupo social ao qual se relaciona: eles operam, tanto na sociedade civil quanto na sociedade política ou estado. A primeira representa o conjunto dos organismos privados nos quais se debatem e se difundem as ideologias necessárias para a aquisição do consenso que aparentemente surge de modo espontâneo das grandes massas da população em torno às decisões do grupo social dominante. A segunda é onde se exerce o “domínio directo do comando que se expressa no Estado e no regime jurídico”. Os intelectuais são como “apostadores do grupo dominante para o exercício das funções subalternas da hegemonia social e do regime político”. Assim como o Estado, que na sociedade política almeja unir os intelectuais tradicionais com os orgânicos, também, na sociedade civil, o partido político forma “os próprios componentes, elementos de um grupo social que nasce e se desenvolve como económico, até convertê-los em intelectuais políticos qualificados, dirigentes, organizadores de todas as actividades e as funções inerentes ao desenvolvimento orgânico de uma sociedade integral, civil e política”.

A necessidade de criar uma cultura própria dos trabalhadores relaciona-se com o apelo de Gramsci por um tipo de educação que permite o surgimento de intelectuais que partilhem das paixões das massas de trabalhadores. Neste aspecto, os adeptos da educação adulta popular tomam Gramsci como uma referência. Seu sistema educacional pode ser definido dentro do âmbito da pedagogia crítica e a educação popular teorizadas e praticadas mais contemporaneamente pelo brasileiro Paulo Freire.

Contribuição: Wikipedia