sexta-feira, 16 de abril de 2010

O SONHO

Por Clarice Lispector

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

O TEMPO PASSA, O TEMPO VOA, SE NÃO TOMARMOS CUIDADO A VIDA PASSA NUMA BOA.

*Por Anderson Souza

Nascemos, crescemos, vivemos e morremos, esse é ciclo natural da vida humana (salvo algumas exceções), a vida humana pelo menos na contemporaneidade não excede aos 70, 80 e/ou 90 anos de idade medianamente.

Apesar dos avanços científicos no campo dos cosméticos, e da medicina moderna travando gigantescas batalhas no afã de trazer um continuo rejuvenescimento para o ser humano, porém a vida passa mais rápido do à gente possa imaginar, e inevitavelmente as rugas e os sinais da velhice vão aparecendo.

Há um texto bíblico que traz a metáfora da flor, e dessa forma elucida nos lembrando que a vida humana pode ser comparada a uma flor, que de manhã nasce à tarde desabrocha e a noite seca. Olho para essa frase com olhares atentos e observadores, por se tratar de uma verdade lógica, no entanto paradoxalmente profunda.

A vida passa muito rápida, muitas vezes ficamos presos na rotina frenética do dia-dia que em muitos dos casos não nos leva a lugar algum. Outras vezes estamos emaranhado na letargia das mesmices vãs, apáticos e como um barco a deriva canalizamos nossas energias numa grande e diabólica “maquina” chamada capitalismo.

O tempo vai passando e nossas energias vão se esvaindo, como a água escorre das nossas mãos na tentativa de segurá-las, assim o tempo vai passando e não conseguimos cortar o cordão bilical da religiosidade, que na maioria das vezes cria um mundo difícil de viver.

E em nome do zelo religioso as pessoas criam-se “mundos” de aparências de “piedades” difíceis de conviver, se envolvem com todos os tipos de funções/serviços religiosos em troca de alguns favores divinos. Preocupamos-nos mais com que os outros pensam de nós do que necessariamente que conceito Deus tem de minha pessoa.

Nesses mergulhos nos profundos mares das atividades religiosas “trabalhamos tanto para Deus que não temos, mas tempo para Deus”, é paradoxal, no entanto é verdadeiro, nos envolvemos em tudo quanto é projeto a ponto de negligenciarmos a família, os amigos, aquela oração informal, aquela bela canção na manhã de uma segunda-feira ociosa, parar para ouvir aquele amigo que esta com problema, fazer uma visita àquela pessoa tão querida que esta enferma, brincar com os filhos, passear com a namorada, com a noiva ou com esposa, ler a Bíblia sem preocupação de fazer uma analise exegética do texto, mas ler simplesmente para nos deliciarmos das maravilhas de um Deus maravilhoso.

Esse texto é um apelo a prestarmos mais atenção no óbvio, enxergamos as pequenas coisas do dia-dia, valorizarmos a presença maravilhosa do Senhor Espírito Santo que esta conosco todos os dias, se manifestando das mais variadas formas, e o mais interessante é que Ele o Espírito Santo esta conosco todos os dias, mas às vezes vivemos tanto no piloto-automático que nem percebemos suas atuação, C. S. Lewis já dizia “que homem na tentativa de buscar Deus nas grandes coisas O perde nas pequenas...”.

*Bacharel em Teologia
Graduando Psicologia
Pós-graduando Metodologia da Ação Docente

Bob Marley

Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...

"É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores,
mesmo correndo o risco de perder tudo,
do que permanecer estático,
como os pobres de espírito,
que não lutam,
mas também não vencem,
que não conhecem a dor da derrota,
nem a glória de ressurgir dos escombros.
Esses pobres de espírito,
ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido,
mas desculpam-se perante Ele,
por terem apenas passado pela vida..."

ORAÇÃO AO DEUS DESCONHECIDO

Por Friedrich Nietzsche

Antes de prosseguir em meu caminho e lançar o meu olhar
para a frente uma vez mais, elevo, só, minhas mãos a Ti na
direção de quem fujo.

A Ti, das profundezas de meu coração, tenho dedicado altares
festivos para que, em cada momento, Tua voz me pudesse chamar.

Sobre esses altares estão gravadas em fogo estas palavras:
“Ao Deus desconhecido”.

Seu, sou eu, embora até o presente tenha me associado aos sacrílegos.

Seu, sou eu, não obstante os laços que me puxam para o abismo.

Mesmo querendo fugir, sinto-me forçado a servi-Lo.

Eu quero Te conhecer, desconhecido.

Tu, que me penetras a alma e, qual turbilhão, invades a minha vida.

Tu, o incompreensível, mas meu semelhante, quero Te conhecer, quere servir só a Ti.

EU SEI, MAS NÃO DEVIA

*Um poema de Marina Colasanti

EU SEI QUE A GENTE SE ACOSTUMA. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.

E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.
As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.
Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.
Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.
Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma.

Dízimo religioso: Uma falácia medieval e nunca foi praticado por Jesus Cristo

Por Arqueleu Cunha

Em primeiro lugar vamos esclarecer o que era a lei do dízimo na Bíblia. Era uma lei cerimonial e provisória que servia para alimentar uma família sacerdotal de vida humilde proibida de ter propriedades. Era parte da Velha Aliança escrita por Moisés e que foi abolida por CRISTO ao morrer na cruz. JESUS então instituiu a Nova e Eterna Aliança. A lei do dízimo na Bíblia era alimento e jamais foi dinheiro. Além do mais era uma obrigação somente para os donos de gados, e que tivessem a partir de dez gados, pois quem possuía até o nono gado não dizimava. Também era uma obrigação para os agricultores que produziam em suas terras grãos e frutas. Qualquer outro tipo de atividade não dizimava segundo as leis da Bíblia. Veja na Bíblia Levítico 27:30-32. Depois some a isso: "Nada acrescentes às Suas palavras, para que não te repreenda, e sejas achado mentiroso." Provérbios 30:6.

Quem quer impor tal lei sobre os cristãos é porque "os sentidos deles se embotaram. Pois até ao dia de hoje, quando fazem a leitura da antiga aliança, o mesmo véu permanece, não lhes sendo revelado que, em CRISTO, é removido. Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao SENHOR, o véu lhe é retirado. Ora, o Senhor é o ESPÍRITO; e, onde está o ESPÍRITO do Senhor, aí há liberdade." 2 Coríntios 3:14-17.

Ainda se alguém insiste em fazer a bênção depender da prática cerimonial dos dízimos, que é uma lei levítica e que não passa de alimentos e foi engenhosamente transformada em dinheiro, contudo nós "pelo contrário, rejeitamos as coisas que, por vergonhosas, se ocultam, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de DEUS; antes, nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de DEUS, pela manifestação da verdade." 2Cr.4:2.

Adulterando a Palavra astuciosamente, num passado distante, fizeram o dízimo virar dinheiro e o tornaram um requisito de bênção ou maldição para os cristãos. Porém "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las." Gl.3:10.

Se alguém quer restaurar a lei dos dízimos terá que restaurar tudo mais que a lei cerimonial o diz, como o sacerdócio levítico, o Templo no monte Sião, lugar para onde tinha que ser obrigatoriamente levado o dízimo, pois o lugar e o dízimo e os demais rituais eram inseparáveis (e isso será a parte mais difícil porque no lugar do Templo foi construído uma Mesquita islâmica), também terá que restaurar a circuncisão, os sacrifícios, rituais, os sete sábados cerimônias, etc. Mas se para sermos salvos temos que dizimar e se a bênção e "a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu CRISTO em vão." Gl.2:21.

"De CRISTO vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da graça decaístes. Porque nós, pelo ESPÍRITO, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé. Porque, em CRISTO JESUS, nem a circuncisão, nem a incircuncisa têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor. Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?" Gl.5:4-7. A circuncisão era para os judeus o que o dízimo de dinheiro se tornou hoje para as ordens religiosas e para os cristãos que conseguiram dominar.

Deveriam, contudo mudar o nome de dízimo para imposto religioso, tributo religioso, mensalão ou qualquer outro nome. O dízimo de hoje não é o dízimo bíblico. Eu não entrego um dízimo de meus rendimentos para uma organização religiosa porque sou seguidor de JESUS e não de homens. JESUS jamais pagou ou entregou algum dízimo. Dizimar nunca foi uma obra de JESUS, nem dos apóstolos, nem de qualquer cristão.

A lei levítica com o sacerdote, os dízimos que os sustentavam, a circuncisão, sinal desta aliança, o Templo, que era chamada casa de Oração, casa de DEUS, um lugar físico e fixo para adoração, os rituais e os sacrifícios, tudo isso era um ensino provisório e "serviu de aio para nos conduzir a CRISTO, a fim de que fôssemos justificados por fé." E "tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio." Gl.3:24.

Assim o Templo construído por mãos humanas, o sacerdócio carnal, imperfeito e mortal, os dízimos que os sustentava com comidas, pois jamais foram dinheiro, as bebidas, as abluções e toda sorte de rituais, constituíam a lei cerimonial que foi dada por Moisés "quatrocentos e trinta anos depois" de Abraão. Gálatas 3:24. E era "sombra dos bens vindouros", "os quais não passam de ordenanças da carne, baseadas somente em comidas, e bebidas, e diversas abluções, impostas até ao tempo oportuno de reforma". Hb.9:10.

O profeta Malaquias defendeu a lei dos dízimos de alimentos de que falou Moisés para que houvesse comida no Templo e jamais dízimos de dinheiro. Isso ele fez porque viveu no regime da lei de Moisés, quatrocentos anos antes da vinda de CRISTO. Malaquias mesmo foi claro em seu discurso baseado no que ele mesmo disse: "a aliança de Levi". Malaquias 2:8. Malaquias escreveu para defender a "lei de Moisés" a Velha Aliança e não a Nova Aliança. Malaquias 4:4.

Mas depois que JESUS morreu na cruz "aboliu, na Sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças," "tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz". Efésios 2:15, Colossenses 2:14.

Desta forma não há um verso no Novo Testamento em que algum cristão praticou a lei de Moisés quanto aos dízimos. Por isso nenhum profeta do Novo Testamento repreende a igreja de CRISTO que não praticava essa lei de dízimos que era uma lei provisória de Moisés.

E se alguém está pensando que tem que sustentar algum pastor com 10% de seu salário, onde está esse mandamento no Novo Testamento? Nunca a igreja de CRISTO ou qualquer cristão recebeu dízimos no Novo Testamento. Esse mandamento foi promulgado pelo homem e não por JESUS CRISTO.

A final de contas, quem inventou esse dízimo de dinheiro? No sexto século depois da morte de JESUS, a igreja católica romana do Papa inventou um dízimo de dinheiro. No início era algo voluntário para sustentar o novo governo que se estabeleceu na Terra. Esse novo governo usou o nome de igreja.

Anos depois da invenção desse negócio, o dízimo de dinheiro já não era suficiente como uma doação voluntária para a igreja. Assim foi que no ano de 785 depois de CRISTO, o rei Carlos Magno, zeloso católico, criou esse dízimo praticado pelas igrejas até aos dias de hoje.

Pervertendo as Escrituras os líderes religiosos da idade das trevas, auxiliados pelos reis, criaram um sistema financeiro e deram a ele o nome de dízimo. Falsificaram a religião de JESUS CRISTO e a idade das trevas ainda não acabou para a maioria dos cristãos. Que não haja orgulho nessa questão, mas que humildemente haja reconhecimento do erro.

A Igreja Católica, inventora do dízimo de dinheiro e do governo religioso, considerada por evangélicos como a Babilônia e o Papa como a Besta, reconheceram a falácia da criação infundada de um dízimo de dinheiro e o Papa Bento XVI extinguiu o termo "dízimos" do quinto Mandamento da Igreja. Promulgado em 28 de junho de 2005 e republicado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Quero todo meu dinheiro de volta, pois fui iludido nesse negócio. Fizeram-me pensar que estava dando dinheiro para DEUS, mas na verdade para um empresa religiosa, para um governo de homens. Será que vão devolver o meu dinheiro para que eu possa entregar finalmente para DEUS? E os meus quinze anos de serviço fiel a essa instituição? Quem pode me devolver? E os danos morais que me causaram por todo constrangimento que passei de ser excomungado, sem contar os dolos extraoficiais frutos das más línguas, as afrontas e injúrias?!

Graças a DEUS que apesar de toda injustiça praticada em nome dEle, Ele foi maior em minha vida e hoje olhando para Ele sem os óculos da religião criada pelos homens, posso afirmar que Ele é justo com Seus filhos e que no Reino dEle não há exploração e desigualdade.

Te amo mais JESUS, mais que nunca. Celebro tua bondade e justiça, Rei Eterno. Somente Tu És o meu Pastor e nada me falta. Louvado sejas ó ETERNO, pois agora Vós passastes a reinar! Na minha vida foi deixado com César o que era dele, o governo deste mundo; e foi dado a Ti o governo de minha fé. Aconteceu a separação dos poderes. Aos homens os governos do mundo e a JESUS o governo da fé, o Reino dos Céus. Virás buscar o Teu rebanho e não o rebanho dos outros pastores, pois os que se apropriam de ovelhas alheias são ladrões e salteadores.

Quem dera entendessem o que dissestes quando desafiado pelos líderes religiosos "Dai a César o que é de César e a DEUS o que é de DEUS." Mateus 22:21. A cara de César ainda está no dinheiro, mas a Tua JESUS está no rosto dos homens, dos fiéis, dos pequeninos, dos esquecidos. Que os líderes religiosos deixem o poder e o domínio com os governantes desse mundo e se querem governar e exercer domínio aproveitem a democracia e reconheçam que todo governo nesse mundo é de César, mas o governo religioso pertence somente a DEUS.

Quando os apóstolos pensaram em um governo religioso liderado por CRISTO e partilhado com eles, "JESUS, chamando-os para junto de Si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos." Marcos 10:42-45.

Enquanto os fariseus exerciam governo religioso sobre as pessoas, elas não puderam receber o único e verdadeiro Pastor nem entrar no Reino de DEUS e eles mesmos enquanto exercem administração religiosa não dão a DEUS o que é de DEUS. Aprisionam as pessoas a si mesmos, a sua forma de fé. A vida dos homens que confiam em sua liderança religiosa é transformada em base da pirâmide de seu governo religioso.

Quando JESUS falava Reino dos Céus, é porque ele é dos Céus mesmo e não da Terra. Continuo orando "venha o Teu Reino" porque o Reino dEle está vindo, mas enquanto ele não vem é um Reino espiritual. "Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de DEUS, Jesus lhes respondeu: Não vem o Reino de DEUS com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de DEUS está dentro de vós." Lucas 17:20-21.

Quem rejeita qualquer governo religioso e faz de JESUS seu único pastor, vivendo Suas práticas de caridade, está vivendo a religião de DEUS. O que passa disso é religião de homens.

Não existe nem um verso na Bíblia em que a igreja de CRISTO praticava a lei dos dízimos.. A promessa de salvação é para o vencedor, e o vencedor é aquele "que guardar até ao fim as Minhas obras," disse JESUS. Apocalipse 2:26., e assim não pode ser chamado. É como o batismo praticado com um pouco de água na cabeça. É chamado mundialmente de batismo, mas não pode ser chamado de batismo, pois batismo na Bíblia é a prática de mergulhar em água. Tanto a palavra batismo como dízimo está com o sentido corrompido, fazendo a Bíblia dizer o que ela nunca disse., mas não dízimo, pois dízimo é uma lei cerimonial de alimentos para um sacerdócio levítico da lei de Moisés, pertencente a um sacerdócio imperfeito e provisório de um templo feito por mãos humanas cujos serviços foram abolidos.

A DESMEDIDA COBRANÇA DO DÍZIMO

*Por Julio César Cardoso

O dízimo não pode ser cobrado dos fiéis como uma obrigação, como se tem observado nas igrejas ou recintos religiosos. A religião não pode ser uma troca de interesses. A opção à prática religiosa é uma decisão e manifestação espontânea emanada de cada ser. É evidente que um cidadão sem Deus - um ateu, um apóstata ou agnóstico -, é um cidadão sem espírito desenvolvido, ególatra e presunçoso com as coisas materiais. Mas a crença num ser superior - no construtor do Universo e da vida - pode ser exercitada também fora de qualquer recinto religioso

Os dirigentes de igrejas, quaisquer que sejam os segmentos religiosos, deveriam respeitar mais a credulidade de incautos fiéis ao proclamarem os insistentes apelos para a contribuição do dízimo. Pessoas pobres e humildes estão sendo facilmente convencidas a verter suas parcas economias ou salários a igrejas. Verifica-se um prevalecimento indecoroso sobre essa gente: a compulsória exigência da contribuição do dízimo como uma lição divina e bíblica. Estão usando o nome de Deus para abiscoitar recursos de fiéis em vez de pregarem os sentimentos religiosos, altruísticos, humanos, éticos e morais que deveriam nortear todos os cristãos.

O dízimo não pode estar em primeiro lugar no altar de qualquer igreja. Há cântico religioso cuja letra de apelo sensibilizador fala, por exemplo, que o dízimo é "fruto de meu trabalho, de meu suor e que a minha contribuição me faz muita falta, mas se justifica pelo amor a Deus".

Quem freqüenta, por exemplo, a Igreja Católica, pode constatar que a maioria dos misseiros não é formada por pessoas tão carentes a ponto de afirmarem que aquela contribuição (dízimo) lhe faz muita falta, mas se justifica por amor a Deus. E eu fico refletindo: como alguém possuidor de bens, haveres e abonados tem a heresia de dizer que "essa contribuição lhe faz muita falta"?

Hoje, os apelos ao dízimo transcendem à decência bíblica. Outro dia fui surpreendido em uma igreja com a entrada repentina de duas pessoas erguendo faixa conclamando, em letras garrafais, a obrigação de contribuição do dízimo. Jesus Cristo deve ter ficado envergonhado com aquela inusitada cena. Nunca tinha presenciado, em missas, a reiterada insistência de um clérigo para que os fieis trouxessem seus dízimos para serem abençoados em frente ao altar.

Nos primórdios da civilização cristã, pode-se até compreender a necessidade ou cooperação enfática dada à contribuição do dízimo, pois se vivenciava um período de cenário diferente, ou seja, de simplicidade e pobreza. Mas hoje não se justifica falar dessa prebenda com a conotação que lhe é dada. As igrejas têm recursos econômicos e financeiros. Eu nunca vi, por exemplo, na Igreja Católica, um padre pobre, pedindo esmola ou emprego. A Santa Sé tem até banco - o Banco do Vaticano. E segundo reportagem publicada em 27/07/2007 pela revista semanal italiana L’Espresso, as doações de fieis à Igreja Católica cresceram 58% em 2006 relação ao ano anterior, isto é, US$ 101,9 milhões.

Há canais de televisão, jornais e outros haveres pertencentes a igrejas, como a Universal do Reino de Deus, de propriedade do bispo Edir Macedo. Tudo, nas igrejas, é feito com a contribuição dos fiéis. As igrejas deveriam também ser obrigadas a publicar os seus balanços patrimoniais. Por outro lado, jamais se ouviu que tal igreja contribuiu com qualquer quantia às vítimas de calamidades ou eventos sinistros, quer seja aqui no Brasil ou no exterior. Por que essa contínua apelação desmedida ao dízimo?

*É Bacharel em Direito e servidor público federal aposentado. E-mail: juliocmcardoso@hotmail.com Balneário Camboriú - Santa Catarina