segunda-feira, 17 de maio de 2010
Mulheres Não São Mais Passionais que Homens
Quem é mais racional: o homem ou a mulher? Dilema está presente na nova novela das oito: ‘Passione’. Você age guiado pela razão ou pela emoção? Saiba como isso pode ajudar na sua vida.
Responda rápido: se você tiver que tomar uma decisão sobre um assunto qualquer – amor, dinheiro, saúde ou trabalho – nessa hora tenta ser racional ou a emoção fala mais alto? Uma pesquisa feita com duas mil pessoas em todo o país divide os brasileiros em três tipos bem diferentes. Saiba como isso pode ajudar na sua vida.
Quebrar a dieta ou não? Xingar aquele folgado no trânsito ou não? É só a gente acordar, e nosso cérebro dispara a tomar decisões. Quem age mais com a razão: o homem ou a mulher? E quem é mais emocional: o homem ou a mulher? Uma pesquisa do Ibope acaba de vez com esse mito de que as mulheres são mais passionais do que os homens, ou seja, que agem mais com a emoção do que a razão.
QUIZ: Faça o teste e veja se você é passional, racional ou ‘malabarista’
“O que acontece é que as mulheres expressam com mais facilidade algumas manifestações emocionais: chora, fica alterada e fica com medo. Às vezes o cara está todo quieto no canto e ele está passando por uma tempestade emocional”, destaca a psicóloga e consultora da pesquisa, Vera Rita de Mello Ferreira.
A pesquisa analisou o comportamento de duas mil pessoas em 27 situações diferentes para saber o que pesava mais na hora de uma decisão: a razão ou a emoção? Trata-se de um dilema que vai ser marcante na trama da novela “Passione”, que estreia nesta segunda-feira (17). “O tempo inteiro a novela é razão e emoção”, afirma o autor Sílvio de Abreu.
Quer um exemplo? A paixão que a personagem de Mariana Ximenes vai despertar em Antônio, vivido por Tony Ramos. “Ele espera um grande amor e aparece essa menina de 20 e poucos anos. Ele já tem 55 e se apaixona perdidamente por ela, que se aproveita dessa paixão e usa toda a emoção que ele coloca para ela em seu favor usando a razão, roubando e tirando tudo o que ela pode dele”, adianta o autor da novela.
Pensar com o coração está mesmo no sangue latino: ao todo, 34% dos entrevistados se revelaram passionais em suas decisões.
“Um exemplo na vida prática: pessoas impulsivas, pessoas que não olham no longo prazo, que estão muito buscando um alívio imediato e estão muito sujeitas a ilusões”, cita a psicóloga Vera Rita de Mello Ferreira.
A nutricionista Luciana Carvalho de Souza, de 31 anos, também sofre com seus impulsos. “Eu tomo uma atitude sem pensar, com a cabeça quente. Depois quando eu me acalmo, vejo que eu fiz uma injustiça com alguém e aí sofro”, conta.
No meio do caminho, está quase metade dos entrevistados: os ‘malabaristas’. Ao todo, 44% dos entrevistados querem ter mais equilíbrio, mas não conseguem. Atribulada com o dia a dia, a professora Karla Rocha vive sendo dominada pela emoção.
“O coração me pede para eu fazer varias coisas. Vivo cedendo à família e ao filho, querendo agradar ao marido. Muitas vezes eu sei que eu preciso parar e descansar, mas eu acabo cedendo à pressão dos dois”, diz a professora.
“Acho que não tem muita dúvida: quem é mais feliz é o racional. Ser racional está ligado ao fato de você poder conviver melhor com as suas emoções”, afirma a psicóloga Vera Rita de Mello Ferreira.
Os racionais são minoria: só 22%. No trabalho, é aquele chefe que todos queremos ter. “É o cara que é mais flexível e que, dependendo do que aconteça com a vida dele, pode ser bom ou ruim, ele consegue manter a cabeça funcionando”.
Júlio Dias se tornou um empresário de sucesso, porque soube manter a cabeça fria nas crises. “Não entro em pânico de maneira nenhuma”, garante. “Pelo contrário: nós que costumamos estar em pânico, e o Júlio entra para dar uma direção, um norte”, comenta o funcionário Emerson de Sá.
A pesquisa mostrou que, entre as pessoas racionais, metade é do sexo feminino. Em “Passione”, sobram mulheres que agem com a razão, como Stela, personagem de Maitê Proença, que vive em crise no casamento.
“A Stela arruma um método racional para poder viver bem: ela sai e encontra outros homens, trai o marido, volta para casa feliz da vida e cuida da família”, explica o autor da novela, Sílvio de Abreu.
Por que é importante para uma pessoa saber se ela é mais emocional, mais uma equilibrista ou se ela é mais racional? “Porque esse autoconhecimento vai permitir que ela melhore o que está incomodando. Então, ela vai conseguir se identificar melhor onde ela esta exagerando um pouco, onde ela pode se desenvolver mais e onde ela costuma errar sempre”, destaca a psicóloga Vera Rita de Mello Ferreira.
Esta semana, o técnico Dunga não pensou duas vezes ao justificar a não convocação de alguns jogadores para a seleção. “Eu tenho que tomar uma decisão mais pela razão, não pela emoção, não pelo coração”, justificou o técnico.
“Talvez tenha sido o oposto, talvez ele tenha sido muito emocional porque ele ficou escravizado pela visão que ele tinha antes. E talvez se ele fosse mais flexível, ou seja, mais racional, ele pudesse então ter dito: ‘É verdade, eu tinha pensado uma coisa meses atrás, mas agora a situação é outra. Portanto, eu vou levar, nem que seja para eles irem para o banco de reserva’”, acredita a psicóloga Vera Rita de Mello Ferreira
Contribuição: FANTÁSTICO.
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