segunda-feira, 8 de agosto de 2011

São 01h30 da madruga, e, eu estou aqui em frente essa máquina hipnotizante chamada computador. Hoje o sono está tardio, e enquanto ele não vem, relembro acontecimentos vivenciados no dia de hoje. Hoje foi a volta as aulas, de fato foi algo interessante e bacana, e me fez lembrar de quanto estudar psicologia me é prazeroso e em especial psicanálise.

A noite chegou, e, trouxe o meu compromisso de lecionar teologia para um grupo de pessoas que se reúnem todas as segundas, com livros específicos [temáticos]. Adoro e amo de paixão teologia, aliás, venho estudando a mais de 13 anos, ainda que de forma não muito profunda e séria como deveria. Sou fascinado pelo estudo da Palavra e grato pela materialização da mesma diante da graça de Deus.

Mas, confesso que estou cansado, não do estudo e nem da partilha de conhecimento com o grupo em questão, mas, pela sensação de que a religiosidade é quase que um muro intransponível. Me dou por inteiro no ensino e isto me é visceral, falar do amor do Cristo é regozijante, desafiador e desemboca no compartilhar das experiências de vida segundo o Evangelho. Porém, tenho a percepção que as pessoas não querem o Evangelho, querem religião, dogmas, doutrinas mecânicas, tutores da alma e patrões de suas ações.

Às vezes penso que muitos não querem a liberdade de Cristo, mas, querem os grilhões da religião escravizando, dominando e oprimindo suas vidas surradas pela caminhada religiosa.

De fato, assumo que a religião me causa náuseas, me enoja, e, sobretudo, me desafia a ensinar um evangelho reflexivo e pensante para quebrar os gessos das pseudodoutrinas, esmiuçar as pedras mágicas incutidas nas mentes, a transpor a barreira da ignorância bíblica, a tirar os óculos obscuros das tradições alienantes e mostrar um Evangelho simples e puro assim como Jesus nos ensinou.

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